Entrevista com Sandrei Bomfim (S. Ferraro)

Esses dias descobri mais um talento no Instagram: o Sandrei Bomfim. Resolvi fazer uma entrevista com ele para inspirar vocês! olha só que exemplo, o Sandrei aprendeu a costurar com 16 anos de idade, e agora aos 19, ele customiza camisetas para custear seus estudos na faculdade, achei isso muito bacana!

Sandrei Bonfim

1. Seu nome, sua idade, profissão e onde mora:

Sandrei Bomfim, 19 anos, atualmente visual merchandising e consultor de vendas Motorola, estudante de relações internacionais. Moro no Boqueirão, região sul de Curitiba, Paraná.

2. O que a customização significa pra você?

Customizar está ligado a arte de criar, imaginar aquela roupa maravilhosa, aquele acessório sensacional que eu possa ter visto em revista ou na televisão, e ligar a uma cor especial de tecido ou modelo que eu possa criar. Que me faça sentir estar vestindo o que os famosos ou modelos estão vestindo. Mas, quando tive a ideia de customizar, foi mais porque não encontrava roupas para meu tamanho (P/PP) e ficava frustrado em ter que comprar roupas na sessão infantil ou juvenil. Aí, me veio a ideia de fazer cursos de corte e costura básico, comprei duas máquinas caseiras de costura com a ideia de criar camisetas divertidas ou moletons para mim. Mas todo mundo gostou.

3. Como surgiu a ideia (inspiração) de customizar camisetas? Você já sabia fazer isso?

A ideia da camiseta com bolso, que hoje é minha marca registrada, surgiu a partir do momento que eu visitei as lojas Zara e até Renner e quando as vi, num valor absurdo, por ser algo básico com apenas bolso, eu logo pensei “não, eu também posso fazer isso, não é difícil e eu tenho curso de costura, não é mesmo?!” e lá me aventurei. Confesso que por mais fácil que seja fazer, eu errei nas dez primeiras, risos.

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As camisetas com bolsos estampados que ele faz são sucesso

4. Suas customizações são apenas para o público masculino ou você faz moda feminina também?

A principio são para o público masculino, porque eu faço tudo milimetricamente padrão para nada sair torto na peça ou na pessoa. E mulheres possuem mais busto, ou quadril maior, então eu ainda me bateria para fazer. Mas quero sim alavancar a produção ainda com o infantil (já fiz três camisetas infantis com bolso para presente de aniversário dos meus priminhos e todos adoraram) e também para mulheres. Eu só não tenho ideia de como fazer, porque mulher não merece algo simples, quando eu faço algo pro público feminino é para sensualizar, brilhar, chamar a atenção, eu gosto de mulheres que ousem, e talvez minhas camisetas já não sejam algo tão atrativo, mas não descarto a ideia, viu meninas?!

5. O que você mais customiza, o que mais vende?

No momento só as camisetas e pólos, mas já cheguei a criar uma coleção com bermudas e shorts, inclusive feminino, com estampas trabalhosas, saias, coletes jeans, blusas jeans e camisetas estampadas à mão, porém isso foi um trabalho ainda no colegial, tô enferrujado há três anos, não sei se as faria novamente, ainda mais com faculdade e segundo trabalho.

6. A venda de camisetas está sendo boa pra você? Está conseguindo se manter?

Eu diria que já foi melhor, mas não devo reclamar, porque não coloquei na balança que eu deveria ter divulgado ainda mais, anunciado mais e tal, mas no começo foi uma febre, eu tirava brincando uns 90 reais por encomenda, (eu vendia a 30 a camiseta) e ninguém comprava menos que duas, e mandei já pra SP, RS, MG e várias cidades do Paraná. Mas como há épocas para se adquirir roupas, e há as estações do ano, às vezes eu não comercializo nada, mas me culpo por não idealizar mais opções ou modelos diferentes.

7. Você pensa em continuar customizando após o término da sua faculdade? Como imagina seu futuro, quais os planos?

Ainda não pensei sobre, acredito que eu já não tenha tempo, relações internacionais me exige muito tempo, eu ainda nem voltei pro inglês e francês, então acredito que não voltarei, mas se eu ganhar muito em minha carreira profissional, eu quero muito abrir uma loja de confecções (a S. Ferraro) e ser um grande empresário na área de vestuários, ao menos em Curitiba.

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Sandrei também se arrisca com a pintura, alguém duvida que ele leva jeito?

8. Deixe uma dica para quem está pensando em vender peças customizadas também.

Minha dica é: se você gosta, é criativo(a) e tem tempo e habilidade, faça. Empreste um dinheirinho do pai, do marido, e corra atrás dos seus planos, e por favor, nada de preguiça, porque se não, não conquistamos nada que desejamos. E pesquise sobre valores, sobre as tendências do momento e no que quer focar. Eu não pesquisei muito porque obviamente eu estava fazendo só para mim, e foi uma brincadeira que se tornou algo grande, então faça algo que talvez você queira para si, mas que todos gostem. E o principal, não pratique valores absurdos como as lojas, eu vendo minhas camisetas a 33 reais, e isso cobre os materiais, tecidos, mão de obra e ainda sobra um troco pra um sorvete. Faça por diversão, por amor, que você vai longe. Use seus filhos, priminhos como modelos, seus pais, suas primas e primos, e crie sua pagina no Facebook.
Se tiver alguma dúvida, queira alguma ajuda, dica ou sugestão, pode falar comigo em meu Facebook pessoal: Sandrei Bomfim, ou em minha página www.facebook.com/piertwonetwo . UM BEIJO E MUITO SUCESSO PARA TODOS!

Escrito por Mariely Del Rey

Sou publicitária especialista em Moda, Mídia e Negócios. Criei o blog Customizando para compartilhar ideias de customização de roupas, moda, artesanato e decoração. Sou apaixonada por bichos, vegetariana, amo cozinhar, ler e estar com minha família.

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