Oi gente, trago novidades para vocês. Nesta semana, 24, aconteceu a Fashion Revolution Week, um movimento global em favor da moda sustentável e contra o trabalho análogo á escravidão na Industria têxtil. Parece complexo? Calma que eu te explico tudo nesse post!
Eu tive oportunidade de participar da semana mundial em prol da moda sustentável e consumo consciente, Fashion Revolution Week, em sua abertura oficial no Shopping Vertical, no Centro do Rio de Janeiro. No mesmo dia, a Escola de Direito da UFRJ ofereceu palestras com representantes do Ministério Público do Trabalho e Fashion Low, no Salão Nobre da universidade, eu também dei uma passadinha lá. O objetivo do movimento é levantar questões sobre quem produz nossas roupas e as perspectivas sociais da moda. A programação conta com exposições de moda, filme, palestras, bate papos e oficinas de arte sobre o consumo e sustentabilidade. As atividades foram gratuitas !
Tudo começou há 5 anos atrás, 24 de abril, quando uma fábrica em Daca, Bangladesh, desabou matando mais de 1200 pessoas e deixando quase 3000 feridas. Era uma fábrica de roupas que seriam importadas para muitos lugares do mundo, principalmente para a América. Com esse desastre, foram descobertas condições de trabalho muito ruins para as operárias. Inclusive, o prédio que desabou, Rana Plaza, já havia sido condenado, mas, para atender a demanda, a produção não pode parar. As trabalhadoras tinham jornadas de mais de 12 horas diárias para ganhar centavos peça. As vezes, quando o prazo é curto, algumas crianças também são chamadas para ajudar na costura. Isso é um crime!
Pesquisando mais há fundo sobre o que aconteceu em Daca, as pessoas se mobilizaram nas redes sociais com a hashtag #whomademyclothes? ou #quenfazminhasroupas? para descobrir o que está por trás de uma simples peça que compramos, pois toda a cadeia produtiva é responsável pelo que aconteceu no Rana Plaza, inclusive o consumidor.
Por isso, pensando na importância de pensar políticas públicas e regulamentação de leis que protejam o meio ambiente e as trabalhadoras da fábrica de roupas ( a maioria são mulheres), foi criada a Fashion Revolution Week ou Semana de Moda Revolucionária. Nesta semana acontecem palestras, debates, bate-papos, exibições de filmes e exposições artísticas, tudo isso para falar sobre moda de uma maneira crítica e eficiente para uma sociedade melhor.
Bom, agora que vcs já entenderam a história, posso e explicar o que fui fazer lá. Devido ao meu amor por customização, sempre busquei estar engajada com a moda. Ao meu ver, customizar e reciclar andam e conjunto, até porque são materiais em sua maioria duráveis, e quando você não quer mais, bom eles vão para algum lugar né?
Em tempos de aquecimento global, é difícil ignorar o lixo que produzimos e a desordem no ecossistema que causamos por causa dos excessos. Agora pensem comigo, que pode ser mais excessivo e prejudicial ao planeta do que o consumismo? Não há.
Customizar é uma forma de minimizar isso. Minimizar o comprar compulsivamente e maximizar o reciclar, recriar de forma crítica, o que já temos.
Junto com a customização eu também faço faculdade de Jornalismo. Aí me perguntam “Thamara, mas porquê você não fez moda?” Gente, eu amo a moda mas mais do que ela, eu amo comunicar e informar as pessoas. Só poderia fazer isso, com alguma credibilidade, através dos conhecimentos da graduação. Bom, sem mais suspenses, meu TCC é sobre isso, sobre o jornalismo de moda focado em novas narrativas. Expondo casos como o de Daca, ao invés de bajular grandes marcas, que infelizmente é o que muitos veículos de mídia fazem.
Vou lançar um desafio. Poste fotos de suas etiquetas com as hashtags #quemfazminhasroupas?Questione as grifes sobre isso e mostre que você se importa com os seres humanos e o meio ambiente. Acredito que isso vai ajudar a mudar o mundo de alguma forma.
Todas essas referências das marcas eu encontrei em um Aplicativo muito bacana. Postei um vídeo no meu canal explicando o app Moda Livre, do Repórter Brasil, que ajuda a encontrar as marcas que ajudam a combater a escravidão. Vamos assistir ?
Se o vídeo não abrir, clique aqui para assistir.